Por David Menezes 16/08/2024 11H00
O número de jovens que se identifica como “trans” cresceu rapidamente nos últimos anos, assim como medidas de saúde chamadas de “afirmação de gênero”, o que inclui intervenção cirúrgica e hormonal. Agora, porém, também vem crescendo a quantidade de profissionais de saúde contrários a esses procedimentos.
É o caso dos profissionais da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS), que recentemente emitiu uma nota se opondo à realização de cirurgias em menores “trans”, especialmente crianças.
A ASPS, diz a nota, não respalda “nenhuma recomendação de prática de organização para o tratamento de adolescentes com disforia de gênero”. Isto, porque, de acordo com a entidade, as evidências de que tais procedimentos trazem algum benefício ainda são muito deficientes.
“A ASPS está revisando e priorizando várias iniciativas que melhor apoiam o atendimento cirúrgico de gênero baseado em evidências para fornecer orientação aos cirurgiões plásticos”, disse o grupo para a Fox News Digital.
“Como membros da equipe de atendimento multidisciplinar, os cirurgiões plásticos têm a responsabilidade de fornecer educação abrangente ao paciente e manter um processo de consentimento informado robusto e baseado em evidências, assim, os pacientes e suas famílias podem definir expectativas realistas no contexto de tomada de decisão compartilhada”, completa a nota.
A nota da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos a respeito das políticas médicas de afirmação de gênero em jovens “trans” também encontra respaldo em um levantamento encomendado pelo Serviço Nacional de Saúde britânico.
O levantamento concluiu que, na realidade, “não temos boas evidências sobre os resultados a longo prazo das intervenções para gerir o sofrimento relacionado com o género”, disse a doutora Hilary Cass.
Com base nessa conclusão, a Inglaterra decidiu proibir tratamentos com bloqueadores hormonais em menores trans. Em vez disso, os pesquisadores, agora, sugerem que estes jovens sejam acompanhados psicologicamente e socialmente.