Homenagem ao ex-lateral esquerdo do Botafogo PB
Neste dia 16 de setembro de 2025, estivemos juntamente com o ex-jogador Magno e o cronista esportivo Rivaldo Leite no velório do ex-lateral esquerdo Marquinhos. Sim, amigo leitor, o irmão de Zito e filho de Pedro Negrinho. Lamentamos muito e recordamos a carreira daquele excelente jogador que saiu do amador do Cabo Branco direto para o profissional do Botafogo PB. Depois de nos dar muitas alegrias, foi jogar no Vitória BA, no Bangu RJ, no Náutico PE, no Campinense CG e em várias outras equipes boas do país.
Eu vinha acompanhando, através da viúva, toda a via crucis do nosso ídolo: Depois de amputar uma perna, passou a ter convulsões, AVC e demência precoce. Internações as pressas para novos exames que nunca eram realizados no dia. Internamentos que sempre precisavam esperar em uma cama de UPA, de bairro, o surgimento de uma vaga em um hospital… E o quadro piorando, se agravando. Ontem ele e família descansaram.
Ao voltar para a minha casa, recebi uma ligação do amigo e ex-jogador Ademilton, revoltado com o descaso da morte de Marquinhos e pedindo para eu falar, escrever e dizer alguma coisa. Então eu pensei: Marquinhos, que driblou todo o time do Fluminense no Almeidão e venceu o Flamengo no Maracanã, não morreu e nem nunca morrerá. O artista, e ele era um artista da bola, vive através de sua obra eternamente nos nossos corações, nas nossas mentes e na história. O seu legado e simplicidade dentro dos gramados jamais será apagado. Toda vez que lembrarmos da vitória em cima do Flamengo no Maracanã, ele será citado. Em toda oportunidade que se falar de um bom lateral esquerdo, o nome dele será o primeiro a ser nominado.
Para mim, opinião personalíssima, quem morreu ontem foram aqueles que desviaram o dinheiro da saúde e não construíram os hospitais que poderiam tê-lo tratado com mais dignidade. Foi a Confederação Brasileira de Futebol, que vive nadando em dinheiro, mas não possui um departamento social de amparo ao ex jogador profissional. Também faleceu, faz tempo, a Federação Paraibana de Futebol, que nem conhecimento tomou. Também foi sepultado, ontem, o Botafogo Futebol Clube, que como sempre esteve ausente.
Marquinhos vive, eles não!
Serpa Di Lorenzo
