O ataque ucraniano na Rússia que pôde causar a Terceira Guerra Mundial

Por David Menezes 10/07/24 10H00

A ideia de que o mundo viva uma 3ª Guerra Mundial é assustadora, e parecia, até pouco tempo atrás, impossível. No entanto, quando a Rússia invadiu a Ucrânia para iniciar um conflito que já dura mais de dois anos, muito tem se falado sobre essa possiblidade.

Hans Kristensen é o chefe do Projeto de Informação Nuclear da Federação de Cientistas Americanos. A sua principal responsabilidade, em poucas palavras, é garantir que o governo dos Estados Unidos informe as pessoas sobre a sua política de utilização de armas nucleares.

No X (anteriormente Twitter), Kristensen revelou que um pequeno mas catastrófico incidente, durante o conflito na Ucrânia, poderia, acidentalmente, desencadear uma guerra nuclear entre Moscou e as nações ocidentais.

De acordo com Kristensen, um ataque de drone (presumivelmente ucraniano) a uma instalação de radar de alerta precoce, em Armavir, no sudeste da Rússia, limitou as capacidades de Moscou para detectar ataques nucleares e desconsiderar falsos positivos.

O site de notícias militares The War Zone explica que a estação de radar Armavir, provavelmente, cobria a área voltada para o Mar Negro e a Península da Crimeia, permitindo que o Kremlin descobrisse qual seria o próximo alvo da Ucrânia.

Ao comprometer o sistema de alerta precoce da Rússia, levantou-se o alarme no Kremlin sobre uma possível escalada na utilização de armas nucleares no campo de batalha.

Além do mais, Moscou poderia planejar uma possível retaliação contra instalações de radar na Ucrânia ou mesmo em países membros da OTAN. Uma outra ação direta também estaria em jogo.

Kristensen não é o único a ter esta preocupação. O jornal britânico The Daily Mirror cita o ex-integrante da Agência Espacial Russa e atual senador, Dmitry Rogozin, que acredita que um conflito nuclear poderia ser iminente, após o ataque à estação de radar.

Rogozin alegou, sem provas, que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento prévio do ataque, se é que não o tinha ordenado.

Como chefe do órgão russo equivalente à NASA, Rogozin ajudou no desenvolvimento do RS-18 Sarmat, também conhecido como Satan-II, o mais recente míssil balístico intercontinental da Rússia.

De acordo com o Daily Mirror, a estação de radar Armavir é uma das dez que existem em toda a Rússia e pode levar mais de 18 meses para ser reparada.

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