Empresa paraibana é a única selecionada em edital nacional e receberá recursos para desenvolver soluções inovadoras para o combate à Covid-19

A Zênite Tecnologia foi a única empresa paraibana aprovada na Chamada Pública de Subvenção Econômica à Inovação – 03/2020, lançada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O resultado da chamada, que teve o objetivo de conceder recursos para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o combate à Covid-19, foi divulgado nesta semana.

A Zênite Tecnologia foi aprovada durante as três fases de um processo de seleção nacional que envolveu 250 projetos pré-aprovados na primeira fase, depois entre 144 empresas na segunda fase e, na última etapa, que foi publicada pela FINEP nesta segunda-feira (24), a Zênite ficou na posição 28. De acordo com a Finep, foram um total de oito propostas aprovadas do Nordeste o que representa 15% do total de 53 projetos selecionados, sendo a Zênite a única da Paraíba.

A Zênite obteve êxito com o Facetemp, que será desenvolvido juntamente com o Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (NUTES), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O projeto tem o foco no desenvolvimento, com tecnologia brasileira, de um sistema para controle de acesso e ponto eletrônico, com reconhecimento facial, detecção de uso de máscara além de verificação de temperatura. 

A iniciativa beneficiará empresas, hospitais e condomínios no combate à Covid-19 e outras doenças contagiosas. Além disso, o Facetemp apresenta uma solução completa, com software 100% nacional, incluindo o verificador de temperatura que, normalmente, é importado e encarece a produção. Por isso, de acordo com a empresa, reduzir os custos com softwares e produtos importados para reconhecimento de pessoas e verificação de temperatura automática em mais de 50%, em comparação aos atuais produtos comercializados no Brasil com tecnologia estrangeira, é imprescindível. 

Ricardo Leão – Diretor da Zênite Tecnologia

O diretor da Zênite Tecnologia, Ricardo Leão, afirma que a seleção trouxe um sentimento de realização. “Estamos com tudo preparado para iniciarmos as etapas do projeto. Nossa seleção teve base sólida, obedecemos a critérios como: ter boa reputação junto à Finep, por desenvolvermos projetos com eles anteriormente; temos uma equipe experiente além de firmarmos parcerias com instituições de ciência e tecnologia com frequência”. 

A Zênite Tecnologia submeteu o projeto para uma livre concorrência nacional e tem a consciência da importância de desenvolver um projeto com verba pública. O Facetemp tem a pretensão de reduzir custos ao máximo para que o uso desses tipos de equipamentos seja popularizado para sociedade. “Faremos bom uso do dinheiro público, pois vamos desenvolver tanto os produtos quanto os softwares para serem utilizados por outros concorrentes. Queremos integrar o mercado em prol do combate à Covid-19”, declara Ricardo.

Parceria com UEPB

Para o professor Misael Morais, coordenador geral do Nutes da UEPB, a parceria público privada é importante para que projetos como este tenham um alcance maior para a população. “Se a tecnologia não for utilizada para criar soluções e facilitar a vida das pessoas, ela não faz sentido existir. Por isso, estamos muito satisfeitos de ter a Zênite como parceira para viabilizar o Facetemp. Nosso objetivo no Nutes  é fazer com o que o produto desenvolvido chegue à sociedade, seja via empresa ou via universidade”, explica o professor.

O Nutes é um laboratório de desenvolvimento de produtos para a área da saúde, sendo responsável pelo registro de várias patentes até de ventiladores pulmonares, ainda em fase de conclusão. Cerca de 80 pessoas entre estudantes e professores fazem parte do laboratório que possui expertises voltadas para o desenvolvimento de hardwares e softwares voltados para a saúde. 

A que se destinou a Subvenção Econômica à Inovação – 03/2020

Esta Seleção Pública objetivou conceder recursos de subvenção econômica para o desenvolvimento de soluções inovadoras por startups e empresas de base tecnológica, preferencialmente em cooperação com ICTs, de modo a atender demandas do setor público e privado, para prevenção, mitigação, identificação e combate ao coronavírus e à Covid-19.

Espera-se apoiar a incorporação de novas soluções tecnológicas, baseadas em nanotecnologia, materiais avançados, inteligência artificial, Internet das Coisas, biologia sintética além de outras que se mostrarem promissoras para adição de funcionalidades aos equipamentos, partes, peças e insumos específicos para o Covid-19.

Por Samara Souza

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