Desde o começo da Operação Maria da Penha, foram presos oito agressores em flagrante e outros quatro por descumprimento de medidas protetivas no estado.
Até a manhã deste domingo (22), 12 homens foram presos pela Polícia Militar da Paraíba (PMPB) durante a Operação Maria da Penha. Desde sexta-feira (20), quando começou a operação, foram presos oito agressores em flagrante e outros quatro por descumprimento de medidas protetivas, nas cidades de Cabedelo, Bonito de Santa Fé, Amparo, Alagoa Grande, Campina Grande, Pombal, Cacimbas e Dona Inês. Os presos têm idades entre 26 e 37 anos.
A Polícia Militar da Paraíba elaborou uma cartilha padronizando em todo o estado os procedimentos que os policiais devem adotar no atendimento de chamados para casos de violência doméstica e familiar, que devem ser feitos pelo 190. O material estabelece o que deve obrigatoriamente ser feito quando for atender às vítimas.
PM quer que vizinhos e familiares ajudem nas denúncias – Para auxiliar a Polícia Militar a quebrar o ciclo da violência contra a mulher, a instituição conta com a colaboração de vizinhos e familiares para fazerem denúncias, já que muitas vezes a vítima, por vários motivos, tem medo de denunciar o agressor. As denúncias podem ser feitas pelo 190 e o sigilo é absoluto.
Para o comandante-geral da PM, coronel Euller Chaves, que também é presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Bombeiros Militares (CNCG), a operação deve ser encarada como uma iniciativa em favor da vida humana.
“Não deixar que sua vizinha ou alguém de sua família seja vítima de violência doméstica e familiar é um gesto de amor ao próximo e as pessoas podem demonstrar isso denunciando. A operação é realizada nacionalmente, foi sugerida pela câmara técnica do CNCG, e aqui na Paraíba estamos padronizando ainda mais os procedimentos de atendimentos a essas vítimas e pedindo para que não só elas denunciem, mas todo cidadão que tiver conhecimento de fatos desta natureza. Vale lembrar que, quando uma mulher é vítima e isso fica em silêncio, a sociedade toda sofre na pele com essa violência”, destacou.
A Operação Maria da Penha acontece simultaneamente em todos os Estados e no Distrito Federal sendo coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo é aprimorar o sistema de proteção às vítimas, com três importantes iniciativas: qualificar ainda mais o atendimento dos policiais às vítimas, reforçar as ações para garantir o cumprimento das medidas protetivas e conscientizar a população sobre a importância de denunciar os agressores. A operação acontece até o dia 20 de setembro.